Multidões fazendo coisas incríveis

16:09 Mâniga 0 Comments


Outro dia estava rolando a timeline do Facebook quando me deparei com um vídeo que achei muito legal, fiquei até arrepiada assistindo! Ele está nesta lista e me inspirou a encontrar mais como ele.

Fiquei pensando sobre o quanto disciplina é importante, sobre como quando nos organizamos para fazer alguma coisa e todos colaboram podemos fazer coisas incríveis. Sabe, como cada pequena engrenagem se faz importante para que o processo todo funcione? E a gente vê isso diariamente em diversas situações, só não conseguimos ver os resultados delas o tempo todo e acabamos nos esquecendo de que fazemos parte de um grande sistema (não no sentido pejorativo da coisa). Um exemplo clássico é no trabalho, para onde vamos todos os dias, fazer aquelas coisas que sentimos, às vezes, que ninguém se importa ou que é pequeno demais, quando, na verdade, se aquilo não funcionar, outra parte do processo não funciona e o resultado inteiro não sai. Então resolvi escrever essa postagem para que a gente se lembre de que somos importantes no coletivo, independente da nossa posição, a questão é: fazemos parte do todo. 

Agora dá só uma olhada nessas pessoas fazendo coisas incríveis juntas!

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Feedback: o resolvedor de problemas

21:37 Mâniga 0 Comments


Tá certo que eu sou suspeita para falar, mas o que seria de nós sem comunicação, né?

Desde os primórdios da humanidade, a gente vem buscando meios de melhorar situações e relacionamentos e a comunicação é um dos fatores que mais nos ajudou nisso, não dá para dizer exatamente quando o processo comunicacional surgiu, mas é fato de que ele acompanhou de mãos dadas a evolução do homem: para passar conhecimentos, manter tradições, ensinar história, sobreviver...

Enfim, a comunicação resolve coisas. A ideia aqui é mostrar o quão importante é reagir às coisas a sua volta com uma conversa clara e saber também se a forma como você se comporta é um fator que favorece ou não essa situação. Um exemplo ótimo que eu tenho sobre isso é do feedback na vida acadêmica, muito embora ele seja confundido com alguns X e checks feitos à tinta vermelha em uma folha de avaliação, há formas mais eficazes de saber como a turma aproveita a aula. Eu tive uma professora no curso técnico que foi quem me ensinou a importância do feedback.

Eu sou uma pessoa que tem dificuldades para lidar com críticas e assumo isso, hoje em dia. Eu detesto estar errada e quero ser sempre a melhor no que estou fazendo. Mas, quando submetida à uma avaliação, com feedback construtivo na frente da turma toda, você aprende que nem sempre críticas são ruins. Essa professora não passava provas, tudo o que a gente aprendia vinha em forma de projeto para executar e envolvia o máximo de disciplinas possíveis para que a turma aprendesse com a interdisciplinaridade e colocando a mão na massa mesmo. A gente tinha entre 10 e 20 minutos para apresentar o projeto e, no final, ela fazia uma devolutiva, falava do trabalho, do grupo e, por fim, comentava a performance de cada aluno. Nos sentíamos pessoas, profissionais, sendo avaliadas por outra pessoa, também profissional, só que mais experiente. E não alguém que não sabia nada, mais um número da chamada, sendo corrigido por alguém que sabe mais. Ela mencionava nossos pontos fracos, exaltava nossos pontos fortes e tentava nos mostrar como utilizá-los a nosso favor. Eu poderia escrever um jornal tecendo elogios a ela e falando sobre o quanto ela ajudou a mim e à turma, mas uma das coisas mais importantes que ela me ensinou foi: sempre dê e busque feedback. É por causa dessas devolutivas dela nas aulas de marketing que eu sei como vender meu peixe numa entrevista de emprego hoje.

E pode parecer um tema bobo para falar, mas o feedback é o responsável pela melhora em serviços e produtos, pode encorajar e inspirar as pessoas a fazerem coisas incríveis, porque elas podem aperfeiçoar suas habilidades e ajustar o que não está indo certo. O seu comentário na página da marca de um produto que você adquiriu ou no vídeo do seu youtuber favorito nada mais é que um feedback.

É uma pena que, da mesma forma que pode ser ótimo, ele também possa ser ruim quando a pessoa que está dando sua opinião não sabe se expressar direito. Eu não estou dizendo que só se devem tecer elogios, estou mencionando o tal do clichê da "crítica construtiva". Se o seu feedback tem realmente a intenção de ajudar a melhorar algo que está ruim, se esforce para não parecer mais um mal educado que está se sentindo incomodado em estar dando sua opinião sobre alguma coisa. Eu passei por isso durante o desenvolvimento do meu TCC da faculdade e, garanto, só dificultou as coisas. Além de desmotivar, ainda nos faz sentir uma raiva generalizada: da pessoa, pela forma como está falando, de nós mesmos, por não termos conseguido fazer melhor, e da coisa que fizemos. Já dizia minha mãe: não é o que fala, é da maneira como fala.

E estamos tão acostumados a ouvir o termo "feedback" para relações profissionais e acadêmicas, mas esquecemos que ele é tão maravilhoso que também funciona com relações pessoais, a gente só usa outro nome, que é a tal da minha tão querida comunicação, que eu mencionei no início deste post, aquela mesma, que ajudou a gente a ser tudo o que somos hoje. <3 

Mas nem todo mundo é muito bom nisso, então a gente tem que estar sempre lembrando: "hey, você, se comunicar é importante, tá?" E nem sempre essa comunicação vem em forma de palavras, às vezes, vem em forma de gestos, de ações, mas uma conversa clara sempre melhora as coisas. Geralmente, quando algum amigo vem me pedir conselho sobre algum problema que ele está passando com algo ou alguém, a única saída que eu vejo é conversar. Sempre conversar e ser franco, porque se as pessoas se expressam de modo adulto umas com as outras e são claras, elas podem se ajudar e resolver seus problemas. É nisso em que eu acredito. Se você e sua mãe vivem brigando, conversem. Se você não está se dando bem com o seu namorado, conversem. Se seu irmão é um chato de galocha e não te escuta, conversem. Se o seu chefe está abusando da sua boa vontade, conversem. Dessa forma, você vai saber da boca da própria pessoa o motivo daquele tipo de atitude, daquele tipo de conflito, o porquê de as coisas estarem acontecendo como estão e o que vocês precisam fazer para melhorar, onde é que precisam mudar. Você recebe um feedback da situação e pode se surpreender ao descobrir que a forma como você está agindo pode ser o que está causando tudo isso.

Basicamente, o que eu quero dizer é: falem uns com os outros! Demonstrem! Se comuniquem! O feedback, dado de modo correto, pode te ajudar a melhorar relações e situações:

            • Profissionais
            • Acadêmicas
            • Pessoais ✓ 

E sintam-se a vontade para dar o feedback sobre este e outros textos aqui no blog também, hehe. ;)

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Mitos do home office

17:10 Mâniga 4 Comments


Toda vez que eu conto que trabalho de casa para alguém que não é da mesma área que eu ou que nunca fez isso, as pessoas ficam meio deslumbradas. Eu não as culpo, eu também ficaria se tivesse que gastar horas no trânsito todo dia para ir a um ambiente chato, ficar lá por horas, aguentando gente chata, fazendo algo que eu detesto (já passei por isso, inclusive). E eu já logo a prevejo tecendo elogios para a maravilha que deve ser trabalhar da sua casa, sem precisar se preocupar com o trânsito, almoçar fora, acordar cedo... Olha, o home office tem várias vantagens, como a possibilidade de trabalhar de pijama e com o cabelo despenteado quase sempre, a redução nos custos com transporte e alimentação são a melhor coisa, definitivamente. Mas, meus queridos, se tem algo que exige muita disciplina, essa coisa é fazer algo a distância, trabalhar principalmente.

E quando eu falo disciplina, eu quero dizer sobre o fato de respeitar a empresa para a qual você trabalha, mas também respeitar a si mesmo. Quando eu trabalho de casa, confesso, se eu não tenho nenhum compromisso ou algo para fazer que não diga respeito ao meu trabalho, eu acordo dez minutos antes do horário do experiente, que é o tempo que eu levo para lavar o rosto, preparar algo para comer e ligar o meu computador - e isso é maravilhoso. Mas se eu perder a hora, não tenho como colocar a culpa no trânsito, na chuva ou no universo, a responsabilidade é unicamente minha. E respeitar a empresa quer dizer não tentar bancar o espertinho: já estou sendo privilegiada de não precisar sair da minha casa para trabalhar, o mínimo que devo fazer é ser tão produtiva quanto seria num escritório ou até mais. Eu também sigo o padrão do escritório para o horário de almoço: tiro uma hora, como faria normalmente. O problema está justamente no final do expediente.

Caso você tenha outro compromisso após o trabalho, isso não é um problema tão grande, como quando, na maior parte do meu tempo trabalhando com home office, eu tinha que ir para a faculdade. Não tinha como eu perder o horário, pelo contrário: eu ficava sempre de olho no relógio, porque o tempo que eu tinha para me arrumar, comer alguma coisa e chegar a tempo de pegar o início da aula era cronometrado, se tivesse trânsito, já era! Chegava atrasada. No entanto, nos períodos de férias da faculdade, ou agora que o curso é à distância (horrível!!!), a coisa mais fácil que existe é passar do horário do expediente.

Aí você me diz: "Ah, mas isso acontece no escritório também, às vezes". Sim, acontece. Mas acontecer uma vez ou outra é uma coisa. Trabalhar das 08h00 às 21h00 todos os dias é outra coisa. Atualmente, minha demanda no trabalho não exige tanto assim de mim, mas isso era algo MUITO frequente quando a demanda era maior. As pessoas acham que porque você trabalha em casa, você trabalha menos, mas isso não é verdade. A coisa mais comum é acontecer exatamente o contrário. Eu simplesmente perdia a noção do tempo e passava, literalmente, o dia todo na frente do computador e quando eu era nova na empresa era pior ainda porque eu queria agradar o chefe, então se ele me pedisse algo, eu fazia, não importava o horário. Esse foi um período em que eu me alimentei pessimamente, vivia estressada e descontava tudo em cerveja e açúcar e não fazia um exercício sequer, também deixei de cultivar quaisquer hobbies, porque eu estava ocupada demais trabalhando e aos finais de semana saia com pessoas do trabalho e, ainda que eu fizesse coisas divertidas (normalmente, em barzinhos, o que também não era muito saudável, levando em consideração a minha dieta), eu estava sempre falando sobre trabalho, até no meu tempo livre. Tanto estresse e maus costumes me deixavam doente com frequência. Tudo que eu não peguei de gripe a minha vida toda, eu peguei naquele ano. Quando melhorava uma coisa, outra aparecia, era uma bosta. Conclusão: eu descuidei muito de mim e me dediquei tanto ao trabalho a ponto de influenciar minha saúde.

Hoje em dia, eu trabalho fora do expediente, porque isso é algo que acaba acontecendo vez ou outra nessa área e não há muito o que fazer, mas eu sou muito mais seletiva com o que estou fazendo, sempre penso no porquê estou fazendo, estabeleço prioridades e, na medida do possível, tento ser fiel aos meus horários. Sem bancar a espertinha, mas também respeitando a mim mesma enquanto profissional e pessoa. Também passei a dedicar algum tempo para ter hobbies, tipo escrever, andar de patins, colorir e ver séries. Às vezes, fico com a consciência pesada, porque tenho coisas do trabalho para fazer, mas se não são tão urgentes, eu posso sim fazê-las amanhã.

Outra coisa que acontece com frequência quando você tem um sistema de trabalho com home office, é que as pessoas não te levam a sério. Isso acontece muito com nossos parentes mais velhos, mas também com qualquer um que não esteja familiarizado com a coisa, você diz que trabalha em casa e, como isso é meio que uma novidade para eles, é como se você não tivesse um trabalho at all. Como eu falei anteriormente, algumas pessoas acham que é mais fácil trabalhar de casa, que você acaba trabalhando menos, outras nem acham que isso pode ser considerado trabalhar. Um conhecido me disse que trabalhou em casa por um ano até ir para o escritório físico e o pai dele só acreditou que ele não passava o dia no computador jogando League Of Legends quando ele passou a ter essa rotina de acordar cedo, sair de casa, pegar trânsito, passar o dia fora e chegar à noite. Ele ouviu um "agora você arrumou um trabalho de verdade?", só que o trabalho era o mesmo, a diferença é que agora precisava ser feito em outro lugar (isso acontece por conveniência, situações específicas, que exigem a equipe reunida). Também já vi histórias de pessoas que precisavam ficar de babá de seus irmãos mais novos ou ir ao mercado/ açougue/ padaria para suas mães porque elas achavam que eles estavam fazendo nada no computador.

Além de tudo isso, você ainda pode ser azarado de ter problemas com a empresa que fornece internet ou energia na sua casa e precisar sair correndo para a casa de um parente ou amigo ou procurar uma lan house, o que é uma raridade, hoje em dia. Isso acontece, cara, e é desesperador, principalmente quando você tem um milhão de coisas para fazer.

Basicamente, sim, é gostoso trabalhar em casa, mas se você souber se respeitar, respeitar a pessoa/ empresa para quem você está trabalhando. Você precisa se concentrar no que está fazendo e não deixar que as coisas legais do seu lar te distraiam. Você também vai precisar de uma dose extra de paciência, principalmente quando alguém te perguntar "ué, você fica o dia todo naquele computador, da onde veio esse dinheiro?!", hahaha.

Tem histórias semelhantes sobre home office? Conta pra mim! É sempre bom ter alguém que entenda. :)

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